Num balanço eu quero saltar...num balanço de madeira...
E quando eu cair mole no chão...quero levantar mais mulher e esquecer que uma vez me sentei naquela tábua onde tive tantos sonhos...
Trocar agendas...lápis de cor...vestidos e bonecas...
Passar a usar social...melhorar na vaidade...por em prática o beijo e conseguir alegrias na construção de uma família. Só minha.
Se a natureza ajudar...viajar na cor azul do céu ...até...até...até lugares que não consigo...deixar ali toda a correria do dia e comer...comer muito...tudo que eu não puder...comer o sol...comer a noite...engolir o mar inteiro ...mastigar a calma...e adormecer ao lindo som de Maria Gadú.
Deixar tudo...todos os sonhos..todas as crises...todo o choro e todo sorriso também.
É hora de ser simples pelo menos uma vez e fazer o que eu quiser...o que os outros querem...o que minha intuição exige.
Se não vou a luta..que a luta venha até mim...venha que eu a seguro com uma força que me custa a respirar. A força de emoção de fazer o que sempre sonhei...vem luta...vem até mim e traz meus sonhos realizados...minha falcudade já feita...minha casa já pronta...meu carro novo.
Vem ....traz e leva, leva a minha covardia de não ter ido até seu encontro , de não ter ido buscar o que eu tanto queria por pura preguiça de me levantar.
E assim como o vento que vai e volta ... a gente se vê na proxima vinda ...e na ida de volta ja espero ter meus pés no chão...o peito cheio...os olhos focados ao horizonte...a voltade de gritar um grito de guerra...e partir pra essa luta infinita até essa ilusão ...que um dia espero que se torne verdade.
Correndo não...sempre devagar...a vida é rápida..o tempo é rápido demais quando não se percebe. Vou atravessando essa linha ...desemaranhando ...olhando o céu sempre...sempre olhando o céu...até um dia ...quando me cansar ...poder sentar outra vez num balanço ...balançar e saltar de um balanço de madeira até voar....
