Que a arte nos aponte uma resposta...ainda que ela não saiba...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Aflição


Quero chegar, mas nao chego.

Tento alcansar mais nao alcanso.

Aiiii!!!!!!!

Eu falo , mas voz nenhuma sai, apenas gestos labiais que me custa entender.

Eu tento explicar, eu tento desifrar...mas eu nao consigo...nao consigo...

O abraço dado nada sinto, é como núven.

Começa uma correria, ai que agonia, um tiro está a me alcansar, eu corro...corro...sinto o casaço mais nao encontro o rumo...

Porque nunca é como a gente quer...

E vai....e vai...E vai tomando conta de mim...

Uma raiva que nunca senti antes, e ela vem em cheio , me fazendo desconta...

Rasguei a pele de alguém , de uma ponta a outra...minha unha virou uma arma perigosa pra mim...

Ai eu batia , batia, socava, socava...e aquilo me fazia bem, e eu batia mais ...mais e mais...

E quando vi , ja tinha sangue pra todo lado, eu ria de emoção e alivio, mas ao mesmo tempo chorava de dor dentro de mim...

A pressão aumenta, sinto o travesseiro, sinto água salgada, vou me distanciando daquela cena,ela se apaga na visão ,mas acordo respirando fundo, meio abalada, com medo de sair do meu quarto, olho em volto nao tem sangue, nem tiro..ufaa passo...

Acordo melhor...
Respiro melhor...
Abraço a mim mesma...
Viro do outro lado... xiiiiiiii.....( silêncio)


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